domingo, 26 de dezembro de 2021

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 As vezes me arrependo amargamente por ter nascido. Mas no geral, sou viciada em viver. Eu sou um caso mórbido de uma doente mental que se sente feliz por afagar meus filhos. Que se alegra ao apreciar a beleza de um nascer do sol. Que se sente realizada se deliciando com a comida que fez. Que aprecia com prazer o aconchego de sua cama. Que agradece o dia lindo. Aquele banho ainda que rápido numa ducha quente. Aquele teto protetor nos dias de temporal. Que se encanta com uma manhã de sol. E assim, de pequenas em pequenas alegrias, eu monto o arcabouço da minha vida. Feliz? Não sei. Também não me considero dona nem das minha verdades, muito menos das alheias. Destarte, sou grata por ter tido a oportunidade dessa experiência por vezes singela, por vezes fantástica, que é o que ocorre após ter nascido...

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